LUIZ CARLOS BANDEIRA SANTOS JUNIOR
Resumo:
A cada ano aumenta a presença de indivíduos jovens no ambiente universitário. O desafio da graduação acadêmica leva à mudanças pessoais e alterações fisiológicas, entre elas, alterações do estado de humor e mudanças na percepção do estresse. Dos estudantes universitários, uma ampla faixa se apresenta com transtornos do humor, e entre os mais prevalentes está a depressão. Evidências científicas demonstram efeito positivo de diversos tipos de exercícios físicos na redução dos sintomas de depressão e estresse. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi comparar a aptidão aeróbia, o nível de atividade física habitual, o perfil de humor e a percepção de estresse de estudantes universitários levando em consideração o sexo e os sintomas de depressão. Foram selecionados jovens de 18 a 30 anos, 69 homens e 111 mulheres, com I.M.C. (Índice de Massa Corporal) ≥ 18,5 e < 30 kg/m2 ; que não apresentassem histórico de doenças cardiovasculares ou respiratórias, não fossem fumantes e estivessem aptos a realizar atividades físicas. Após a inclusão dos voluntários no estudo, os participantes foram alocados em dois grupos: Grupo CONTROLE (sem sintomas ou disforia; escore ≤ 20) e Grupo DEPRESSÃO (escore > 20), de acordo coma classificação do Inventário Beck de Depressão. Foram realizadas avaliações subjetivas para avaliar o Nível de Atividade Física Habitual (Questionário de Baecke), Perfil de Humor (POMS) e Percepção do Estresse (Escala de Percepção de Estresse-10). Para as avaliações da aptidão aeróbia foi utilizado o teste de degrau de McArdle. Os resultados mostraram diferenças significativas da aptidão aeróbia, vigor e percepção de estresse Indivíduos com sintomas de depressão tiveram uma menor aptidão aeróbia e vigor; e uma maior tensão-ansiedade, depressão, raiva-hostilidade, fadiga, confusão mental, distúrbio total de humor e percepção de estresse quando comparados aos indivíduos sem sintomas de depressão.
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