ALENICE ROSA FERREIRA

Resumo:

A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada um problema social e econômico em todo mundo, associada a inúmeras comorbidades. Como consequência desta doença, os pacientes com DRC, submetidos à Hemodiálise (HD), tornam-se mais suscetíveis a alterações no sistema musculoesquelético, afetando a qualidade de vida, o bem-estar geral e o convívio social destes indivíduos. Dentre as alterações mais comuns, está a perda progressiva da força muscular e da massa muscular, fatores que predispõem para a perda da funcionalidade destes pacientes. A perda de força pode interferir nas funções musculares que poderão influenciar na atividade eletromiográfica dos músculos, porém, esta relação ainda não está completamente elucidada. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é estabelecer uma comparação entre a força muscular isométrica e a atividade eletromiográfica em pacientes dialíticos e em indivíduos saudáveis. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo transversal com pacientes dialíticos de ambos os sexos, comparados a um grupo controle, com idade de 30 a 59 anos. Foram avaliadas a força e a atividade elétrica concomitante dos músculos Tibial Anterior (TA), Gastrocnêmio Lateral (GL), Gastrocnêmio Medial (GM) e Sóleo (SOL) do membro dominante, por meio da dinamometria e da eletromiografia (EMG), respectivamente. RESULTADOS: Não houve diferença estatística em relação à atividade eletromiográfica dos músculos flexores plantares e dorsiflexores entre os grupos do estudo. Entretanto, observou-se menor força do músculo TA em dialíticos, quando comparados com o grupo controle, bem como a associação positiva da força com a atividade elétrica destes músculos e relação inversa com o tempo de diálise. CONCLUSÃO: Os pacientes com DRC em HD apresentam redução da força do músculo TA, relacionada à redução da atividade elétrica do músculo TA e tempo de diálise.

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