DAMILYS JOELLY SOUZA SANTOS
Resumo:
O reconhecimento do microambiente de um carcinoma diz muito sobre seu comportamento e suas estratégias para se evadir da resposta imune. Para as desordens orais potencialmente malignas (DOPM), como a queilite actínica (QA), conhecer seu microambiente pode ajudar a esclarecer como sua progressão evolui para um carcinoma epidermoide oral (CEO). O objetivo deste estudo foi caracterizar a expressão de PD-L1, células CD4+ e CD8+ e suas associações com características histopatológicas de CEO e QA. Amostras teciduais de pacientes com QA (n=33) e com CEO (n=23) foram analisadas histologicamente quanto à displasia e presença de elastose ou diferenciação do carcinoma, infiltrado inflamatório e/ou linfócitos infiltrantes de tumor (TILs), presença ou ausência de mitoses. Posteriormente, essas amostras foram também analisadas pela técnica de imunoistoquímica quanto à expressão de PD-L1, células CD4+ e CD8+. Os casos de CEO revelaram maior frequência de PD-L1+, CD4+ e CD8+ quando comparados aos casos de QA e características histopatológicas de ambas as doenças estiveram correlacionadas com a imunoexpressão de PD-L1. Estes resultados sugerem que essa molécula pode estar envolvida em um dos mecanismos de evasão utilizado tanto por DOPMs quanto por CEOs e evidenciar a importância do papel do infiltrado inflamatório e de células CD8+ nesse contexto.
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