BEATRIZ REGINA FERNANDES RODRIGUES

Resumo:

Rodrigues, Beatriz Regina Fernandes. Influência dos sintomas de ansiedade e depressão sobre o desempenho motor de adolescentes de ambos os sexos: um estudo transversal. 2019. 93 p. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-graduação em Ciências aplicada à Saúde da Universidade Federal de Goiás A adolescência é um período onde o indivíduo apresenta uma série de mudanças biológicas, emocionais, físicas, psicossociais e cognitivo, estando associado com o risco aumentado de problemas relacionados com a interiorização e exteriorização, como os transtornos do humor. A atividade física, aguda ou crônica, vem sendo considerada uma ferramenta importante para prevenção e tratamento dos transtornos de humor. Afim de contribuir com a prática de atividades físicas nas crianças e adolescentes é essencial que aconteça um acompanhamento dos índices de desempenho motor. Objetivo: Avaliar a influência dos níveis de transtornos de humor sobre o desempenho motor de adolescentes de ambos os sexos. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal. A amostra foi composta por 343 voluntários que foram excluídos de acordo com o critério de exclusão, finalizando em 144 voluntários, com idade de 14 a 17 anos que são estudantes do ensino médio, turno vespertino e matutino, das 4 escolas estaduais do município de Mineiros-GO. Inicialmente os voluntários responderam a 3 questionários, o de avaliação do nível de atividade física, o de avaliação dos sintomas de ansiedade e o questionário de avaliação dos sintomas de depressão. Em um segundo momento, os voluntários realizaram uma bateria de testes para avaliação do desempenho motor de acordo com o Projeto Esporte Brasil. Este protocolo é composto pelos testes de flexibilidade, força explosiva para membros inferiores, resistência abdominal, aptidão cardiorrespiratória, força explosiva para membros superiores, agilidade e testes de velocidade do deslocamento. Resultados: 94,4% dos participantes foram classificados como sedentários. Em relação ao nível de depressão e ansiedade, 29,8% dos participantes apresentaram sintomas de depressão e 9,8% apresentaram sintomas de ansiedade, respectivamente. Em relação ao desempenho motor, o desempenho das participantes do sexo feminino foi menor quando comparado aos participantes do sexo masculino. Em relação ao efeito dos sintomas de depressão e ansiedade sobre o desempenho motor e sobre o nível de atividade física, não foram encontradas diferença estatisticamente significante entre os grupos. Quando os voluntários foram avaliados em relação aos critérios do Projeto Esporte Brasil, observamos que a maior parte dos participantes foram classificados na zona de risco à saúde e com o desempenho motor fraco. Conclusões: Não há diferenças entre o desempenho motor de adolescentes com maiores ou menores sintomas de depressão e ansiedade; no entanto encontramos altos níveis de sedentarismo e baixo desempenho. Isto é preocupante já que a prática regular de atividade física é um tratamento não medicamentoso para os transtornos do humor.

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