BELMIRO FERREIRA NEVES NETO
Dados de Conclusão:
Resumo:
O câncer de boca, principalmente o subtipo carcinoma espinocelular, é uma forma de neoplasia maligna que representa o sexto tipo mais comum de câncer em homens em todo o mundo. Esta condição resulta de uma proliferação celular maligna, frequentemente desencadeada por agentes nocivos, como tabaco e derivados do cigarro, álcool, havendo também discussões sobre a influência de agentes carcinogênicos biológicos, especialmente o Papilomavírus Humano (HPV). Os estudos atuais mostram uma controvérsia ao se determinar a real frequência da associação do câncer intraoral com o HPV, havendo escassez de estudos que diferenciam padrões morfológicos, morfométricos e microambiente tumoral, entre os carcinomas orais associados ou não ao vírus. O objetivo deste estudo é relacionar a presença do HPV nos casos de câncer oral por meio de análises morfológicas, morfométricas e do microambiente tumoral. Os resultados encontrados mostraram que os casos com estadiamento clínico mais avançado possuíam menor quantificação de linfócitos infiltrantes dos tumores (TILs), maior quantidade de macrófagos associados a tumores (TAMs) e números conflitantes relacionados aos neutrófilos infiltrantes dos tumores (TANs). Nessa conjuntura, a negatividade para PD-1/PD-L1 é sugestiva de que a via de evasão tumoral à resposta imune pode ocorrer por outras vias. Uma hipótese aqui levantada ocorreu a partir da análise morfométrica que evidenciou uma alta quantidade de estroma tumoral, podendo sugerir a influência dos fibroblastos associados aos tumores (CAFs). Dessa forma, os TILs, o marcador PD-1/PD-L1 e os TAMs são dados essenciais aliados à determinação do estadiamento clínico e o prognóstico do paciente e, para além desses dados, outros marcadores de estroma tumoral devem ser avaliados para melhor caracterização do microambiente tumoral dos pacientes.
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