KAMILLA ANTÔNIA MORAES DUTRA

Por Bárbara Oliveira Actualizado en 10/10/25 10:37

Dados de Conclusão:

AUTORA: KAMILLA ANTÔNIA MORAES DUTRA
TÍTULO: Avaliação do potencial antihelmíntico da espécie Rosmarinus officinalis em camundongos infectados com Strongyloides venezuelensis
ORIENTADORA: Professora Doutora Rosângela Maria Rodrigues
DEFESA DA DISSERTAÇÃO: 27/09/2024

Resumo: 

A estrongiloídiase é uma doença parasitária, negligenciada com maior predominância em países em desenvolvimento, onde as condições climáticas e sanitárias favorecem sua propagação. Em indivíduos imunocompetentes geralmente é limitada ao trato gastrointestinal, mas em casos de imunossupressão, pode ocorrer a forma grave, levando o hospedeiro a óbito. A ivermectina é droga de escolha para o tratamento da estrongiloidíase, porém com o surgimento de falhas terapêuticas, principalmente no que se refere resistência parasitária, torna-se importante a busca por novos compostos bioativos contra esse helminto. Atualmente, muitas espécies vegetais têm sido utilizadas como fonte para produção de medicamentos anti-helmínticos, porém ainda há poucos estudos voltados para o tratamento fitoterápico para essa doença. Tendo em vista sua aplicabilidade para doenças multifatoriais, a R. officinalis L. surge como opção para avaliação de potencial antihelmíntico. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial anti-helmíntico da espécie R. officinalis L., em camundongos infectados com Strongyloides venezuelensis. Os animais foram divididos em sete grupos: tratados com 600 mg/kg e 200 mg/kg de extrato etanólico, tratados com ivermectina em doses diárias e dose única, tratados com PBS-DMSO 1%, tratados com água e camundongos não infectados (controle negativo). O tratamento com 600 mg/kg e com ivermectina em doses diárias provocaram a perda de peso dos animais. A concentração de 600 mg/kg apresentou melhor efeito anti-helmíntico que a concentração de 200 mg/kg atingindo 88,4% de eficácia, mas não foi capaz de interferir na fecundidade das fêmeas tal qual a ivermectina. Houve aumento na contagem de eosinófilos em animais tratados com ivermectina em doses diárias estando relacionado à eosinofilia transitória. Verificou-se alterações bioquímicas em marcadores hepáticos e renais nos animais tratados com 600 mg/kg de R. officinalis L. e hepatotoxicidade em animais tratados com ambas as dosagens de ivermectina. Conclui-se que o extrato etanólico de R. officinalis L. em altas concentrações poderá ser uma alternativa promissora para o tratamento da estrongiloidíase, no entanto, há necessidade da realização de novos estudos para avaliar melhor seus efeitos sob o hospedeiro. 

 

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Dissertação não disponibilizada.