THIAGO DA SILVA NOBRE

Por Bárbara Oliveira Atualizada em 10/10/25 14:43

Dados de Conclusão:

AUTOR: THIAGO DA SILVA NOBRE
TÍTULO: Nível de atividade física e sono de pacientes em tratamento medicamentoso para insônia : um estudo transversal
ORIENTADORA: Professora Doutora Giselle Soares Passos 
COORIENTADOR: Professor Doutor Marcos Gonçalves de Santana
DEFESA DA DISSERTAÇÃO: 22/08/2024

Resumo: 

Introdução: A insônia crônica afeta cerca de 10% da população geral. Embora a terapia medicamentosa seja frequentemente prescrita, não é recomendada como tratamento de longo prazo. Diretrizes de tratamento para insônia têm sugerido o exercício físico como uma terapia adjuvante. Objetivo: Verificar se indivíduos fisicamente ativos com diagnóstico de insônia crônica, que estão em tratamento medicamentoso, possuem melhor qualidade de sono, e menor gravidade da insônia, quando comparados aos fisicamente inativos. Metodologia: foi realizado um estudo transversal em Unidades Básicas de Saúde, onde 136 indivíduos com diagnóstico clínico de insônia crônica com idade entre 30 e 59 anos foram alocados em dois grupos: fisicamente ativo e fisicamente inativo. Por meio de questionários validados e auto aplicados foi investigado a gravidade da insônia (Índice de Gravidade da Insônia - IGI), a qualidade do sono (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh - IQSP), o nível de alerta cognitiva e somático pré-sono, e as queixas de depressão, ansiedade e estresse. Resultados: Indivíduos com insônia crônica em tratamento medicamentoso, quando envolvidos em atividades físicas, apresentam menor gravidade da insônia comparados aos fisicamente inativos, conforme medido pelo Índice de Gravidade da Insônia (IGI), com um valor médio de 14,8 ± 4,3 de média ± DP, respectivamente (p < 0,01). Além disso, esses indivíduos apresentam uma melhor qualidade do sono quando comparados as inativos, avaliada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), com um valor médio de 17,7 ± 3,4 e media ± DP, respectivamente (p < 0,01). Observe-se também um mais baixo estado de hiperexcitação cognitiva (28,2 ± 7,0; p < 0,01) e somática (21,3 ± 7,1; p < 0,01), conforme medido pela Escala de Avaliação de Sintomas de Ansiedade e Estresse (PSAS). Além disso, observou-se diferença significante nos sintomas de depressão (11,9 ± 11,1; p < 0,01), ansiedade (11,8 ± 10,2; p 0,01) e estresse (23,8 ± 8,7; p 0,01), conforme mensurado pela Escala de Ansiedade, Depressão e Estresse de 21 itens (DASS-21). Conclusão: indivíduos com insônia crônica em tratamento medicamentoso que realizam atividade física recomendada (> 150 min semana), apresentam menor gravidade da insônia e melhores pontuação nas medidas subjetivas do sono, bem como em medidas que avaliam estado de hiperexcitação cognitiva e somática pré-sono, além de apresentar melhores pontuações em instrumentos que avaliam depressão, ansiedade e estresse. Estes resultados sugerem que exercício físico pode ser uma opção de tratamento adjuvante na terapia farmacológica para insônia crônica.

 

Logo Sophia BIBLIOTECA WEB DA UFJ