MATEUS MOREIRA LIMA

Por Bárbara Oliveira Atualizada em 17/10/25 09:23

Dados de Conclusão:

AUTOR: MATEUS MOREIRA LIMA
TÍTULO: O crossfit® é mais eficaz que a musculação no controle metabólico em mulheres?
ORIENTADORA: Professora Doutora Sandra Aparecida Benite Ribeiro
COORIENTADOR: Professor Doutor Hanstter Hallison Alves Rezende
DEFESA DA DISSERTAÇÃO: 26/05/2025

Resumo: 

Introdução: A obesidade e o sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como Diabetes Mellitus tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemias. O exercício físico é reconhecido como uma estratégia não farmacológica eficaz na prevenção e no controle dessas condições, atuando na melhoria da composição corporal, no metabolismo energético e na liberação de miocinas, como a irisina. Este estudo consistiu em três partes: a primeira parte correspondeu a uma revisão narrativa da literatura, enquanto a segunda e a terceira partes foram estruturadas em duas pesquisas originais (Artigo 1 e Artigo 2). A revisão narrativa abordou os efeitos da musculação e do CrossFit® na liberação de irisina e nos marcadores metabólicos, evidenciando o potencial do CrossFit® em induzir respostas fisiológicas agudas. O Artigo 1, de delineamento transversal, avaliou 30 mulheres adultas (18 a 45 anos), divididas em três grupos: não praticantes de exercício físico (EF), praticantes de musculação e praticantes de CrossFit®. Foram analisadas variáveis antropométricas índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), relação cintura-quadril (RCQ) e relação cintura-estatura (RCA) e metabólicas (glicemia, perfil lipídico, função renal e irisina). As mulheres não praticantes de EF apresentaram os valores mais elevados nas variáveis antropométricas de IMC, CC, CQ, RCQ e RCA (p < 0,001), indicando maior risco cardiometabólico. Além disso, os níveis séricos de creatinina e ureia foram significativamente menores no grupo não praticante de EF em relação aos demais grupos (p < 0,05). O grupo CrossFit® apresentou os maiores níveis séricos de irisina (p < 0,05). Não houve diferenças estatisticamente significativas nos marcadores hepáticos (AST/TGO e ALT/TGP) nem no perfil lipídico entre os grupos. O Artigo 2, de delineamento experimental, avaliou 21 mulheres adultas praticantes regulares de CrossFit®, submetidas a uma sessão única de CrossFit®. As coletas sanguíneas foram realizadas antes e imediatamente após o treino. Foram observados aumentos significativos nos níveis de glicose, creatinina e ureia (p < 0,05), sem alterações significativas nos níveis séricos de irisina ou nos marcadores do perfil lipídico. Concluise que a prática regular de exercício físico, em especial o CrossFit®, está associada a melhorias nos parâmetros antropométricos e metabólicos, incluindo maiores concentrações crônicas de irisina. A ausência de resposta aguda da irisina após o exercício 12 intenso em mulheres ativas pode estar relacionada a adaptações fisiológicas induzidas pelo treinamento crônico, tempo de coleta ou duração do estímulo.

 

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Dissertação não disponibilizada.